7.26.2012
7.14.2012
TEXTO XLVIII : UM RASCUNHO
ói
escrevi um pássaro
de desenhar vento
onde chuva não pia
depois desabrochou
se manchou no lago
caiu num morno de sol
sumiu num borboleteio
7.13.2012
TEXTO XLVII : NAS RUAS DE SÃO PAULO
são paulo cria teias
de excesso
todos competem
silenciosamente
cada vitória vibra
um medo
TEXTO XLVI : POEMA PARA UM ALBUM DE FOTOGRAFIAS
me afundo em memórias
perco horas tentando calçar velhos passos
tento vestir infâncias gastas
cada tempo que já não me cabe mais
TEXTO XLV : SOBRE AS COISAS
as coisas todas me perseguem
não há o que não seja na corrida
só fugir
alcanço o mais rápido que posso o lá longe
as coisas ainda me perseguem
como desejos
escondo-me entre as paredes, pedras pintadas,
mão gelada no ombro
as coisas me farejam, chegam perto e param de respirar
quero que não seja nada, quero que tudo desapareça
e voltar a escrever besteiras para ninguém
mas as coisas me encaram com sua silhueta metálica
para dar choque ou até cortar
não sei se me pegam
mas vez ou outra elas voltam
para dar choque ou até cortar
não sei se me pegam
mas vez ou outra elas voltam
7.10.2012
TEXTO XLIV : UM HAIKAI MALDITO
Vinha rindo por uma rua
com seu artefato brilhante (e outras coisas)
sem saber que era contramão
TEXTO XLIII : POEMA SEM CABEÇA
Outro dia eu quis dizer assim
a.
mas tive preguiça
por que?
nem sei!
e as coisas todas são bobas
às vezes deito na cama pra descansar o chão
a.
mas tive preguiça
por que?
nem sei!
e as coisas todas são bobas
às vezes deito na cama pra descansar o chão
7.02.2012
TEXTO XLII : UM POEMA SEM VIZINHOS
Inventei em mim uma casa de poema
volta e meia um vendaval de palavras me atormenta
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