Escritos
Compilação de (quase) todos os meus escritos (nada) relevantes.
1.03.2021
8.04.2020
TEXTO 180 : UM POEMA PARA A ESPERA NO TELEFONE OU APLICATIVO
aguardando minha vez
7.31.2020
TEXTO 179 : UM POEMA PARA DEPOIS DA IDADE
7.27.2020
TEXTO 178 : UM POEMA ENCLAUSURADO
7.24.2020
TEXTO 177 : UM POEMA GESTO DE PAZ
7.14.2020
TEXTO 176 : UM POEMA DA GENTE
6.30.2020
TEXTO 175 : UM POEMA GESTADO EM QUARENTENAS
TEXTO 174 : UM POEMA SOBRE INFINITOS
tenho
tenho infinitos
tenho pra mim
gente feita de números
como se sábado
fosse um dia
como outro
me afastei do tempo
da pressa e da dor
não tenho paz
4.19.2019
TEXTO 173 : UM POEMA DE MENINO
semáforo pisca
imagem cansada
sentada no olho
menino insiste de ser
coisa absurda viva
,sábado outra
entre o minuto menos
palha que recobre
coisa mais estranha
deu de dar
fome de caroço
garganta nuvem garapa
sem entender nada
descansa a mão
conversa cala a
perder de vista
mãe nossa
a falta que faz dizer
cada coisa seu nome
cada uma
feliz em ser
,feliz
menino de vidro
hora luz
menos a menos
outra história
mesma coisa
vela, vala
fresta da festa
menino no olho
só
menino de gente
supetão feliz, feliz
mostra da gente
casa abandonada
imagem que
cai, reconstrói
mata
nos pés da gente
mesmo
olho de vídeo
descascado viscoso
coisa nova que não cabe
misericórdia menino
amanhã ainda
que não consta
dizer se basta
TEXTO 172 : UM POEMA DE 2019
é momento de colher
e de semear
no dorso do próprio nome
a palavra
umbigo ganha uma
circunferência grotesca
o som dos que
pediram por mais
amor
é uma coisa pequena
e que cresce de noite
sexta-feira
5.10.2018
TEXTO 171 : O SILÊNCIO DOS HOMENS QUE MASTIGAM PREGOS EM PALETÓ
largo do arouche
cidade que arrasta para trás
nunca antes as manhãs viram
homens adultos se amando de
peito nu
a tragédia arquitetada
não dura mais que um semáforo
eu sei disso
porque enquanto
a vida se dissolve
em camadas e mais camadas
há alguém que liga equações
aos fios desencapados
gosto quando fica assim
cheio de flores e
posto reposto
já disse de outra vez
vai acabar quando isso meu deus?
TEXTO 170 : DO QUE APRENDI CULTIVANDO O MEDO
de mim
no mais a mais
que é muito
sobejo
lampião lampejo
escorre gota
faz inseto
feito percevejo
lábia labore
mínimo mimo
a cruz em
credo
sou mais
eu mesmo