8.06.2016
TEXTO 139 : UM POEMA DAQUELA CASA INCENDIADA
bora
pega as malas
com o que te sobra do corpo
levanta tua sensatez
arrisca a coragem
que o dia vem cheio para vender
a alma do poeta tem cheiro
de avelã com pandeiro
e a fogueira que fiz
para ansiar tua chegada
ela hoje é lembrança
das mãos atadas
pelo desespero ou pelo senão
era paz
ela invadia
hoje a casa
vazia envadiada
sequela do golpe
onde saquearam meus desejos
e a expúria filha tua aquietou
hoje quem te deu botes
anuncia um canal para o dilúvio
e querem sabotar justamente
o teu espírito bravo
eu não me fiz silencio
eu não fabriquei mais nada
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