e quando a corrente bateu
antes das 4
silêncio de tremer o corpo
gente que não acaba mais
às vezes de si mesmo
às vezes figura disforme
massa pulsante
sem nunca ouvir a palavra alegria
as sete jantar na mesa
criança deságua de não querer
imagem e semelhança de quem
largou ou ficou pra ver crescer
aos dezessete já sabendo
de corte à navalha, suor de virilha
a cor da pele o cheiro da noite
que dois e dois são muito pra um
evitar o tempo, palavra proibida
importa mais ressoar a prece
hoje, só hoje meu deus, meu amor
ficar feliz porque felicidade tinha nome
e quando voltar para casa
aquilo já era floresta
as figuras todas turvas
viela lá longe, família unida, mãos nos cabelos
gente que segue crescendo
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