12.14.2013
TEXTO XCV : SEU OLHAR LÂNGUIDO ESPIA
do deserto aonde se entregam os lamentos
seu olhar languido espia, retraindo depois como cobra
ou como uma flor rasa que murcha pela tarde
percebo-te distante, de cima de um terraço
(um daqueles com um parapeito, já em ruínas)
atiro de cima um fragmento, um pedaço de uma
pergunta que não se importa com respostas
um buquê de palavras inócuas e frases imaculadas
mas você bem me quer, mal me quer
como a flor das suas palavras cálidas
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