9.29.2015
TEXTO 120 : POEMA PARA A VOLTA
caminho de seda macio
de manhã tem o rio
à noite tem um chiado
perder-se olhando as estrelas
procurar já é existir
em seu estado bruto
o absoluto sentido da existencia
não é comparar-se ao outro
é ser e estar, às vezes viajar
o que é que faz falta
o abraço do mar?
as manchas na pele?
trair-se pela escuridão na lembrança
corromper-se pela ausência
lamentar-se no colo da noite
quando a manhã chegar
embriagar-se dos pássaros
pensar que era tudo sonho
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