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cartógrafo de letras, sensações e pássaros

12.20.2009

TEXTO XIV : UM POEMA

VÃO

Foi em vão
um nervosismo sem nome
de gosto amargo
saudade larga

Outras lembranças
deixam em branco
em vão
titubear os gestos
de mãos trêmulas

Trazer de volta
o não, a preocupação
desejos dos outros
cheiros vencidos e descartados
não há razão

Saltar de um lado para outro
o pulso largo firme

Foram em vão
assim como resistir uma tentação
de velhos costumes
de cabelos compridos

Tudo em vão
por uma esperança latente
que um dia
as coisas voltarão

Em vão que
tudo muda, menos o si

o que erra e desvia o chão

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